Como vai ser daqui pra frente? 

A palavra da vez é “descentralização”. Muito tem se falado sobre as possíveis novas estratégias estruturais das empresas, tanto para os colaboradores, quanto para os espaços de trabalho. Afinal, descentralizar uma empresa está muito além de distribuir sedes pela região ou pelo país. 

A organização interna precisa mais do que nunca ser 360° para que, por exemplo, as equipes de seleção de escritórios estejam a par das mudanças culturais que aconteceram desde o fim de  2019.. Afinal, ainda estamos na inércia organizacional da pandemia, quando quase tudo está incerto. 

Uma das poucas certezas é a continuação do modelo híbrido de trabalho, que  continua sendo pauta corporativa para a organização de  quem ficará em casa, quantos dias ficará e, nos dias de trabalho presencial, para onde irá. 

Tudo vai depender de onde as pessoas moram e da disponibilidade das empresas de encontrar locais que  supram as novas demandas sociais. 

Essa é  uma abertura para os Coworkings? Sim, imensa, já que são locais onde as pessoas têm a possibilidade de conhecer e socializar. Como vimos em nosso Blog sobre espaços compartilhados, 83% (Small Business Labs, 2021) dos profissionais  se sentem menos solitários ao trabalharem em um Coworking. E, claro, além da economia mental, há a economia monetária, pois as burocracias ficam por conta dos escritórios compartilhados, o que também abre um espaço para as possíveis análises sobre carteiras de imóveis.

Uma pesquisa conduzida pela Google com seus colaboradores apontou que 62% (Olhar Digital, 2021) desejavam voltar ao escritório quando a pandemia melhorasse, mas não todos os dias. Enquanto isso, 10% disseram não querer voltar ao modelo presencial e 15% que retornariam apenas sazonalmente, em reuniões e confraternizações, o que mostra o modelo híbrido como o grande protagonista da vez. 

Outros exemplos são o da Ford, onde 70% dos funcionários têm interesse neste formato que mistura o remoto com o presencial, e o da pesquisa administrada pela Colliers com líderes e tomadores de decisão de 80 empresas, que aponta que  86% (Unipec RJ, 2021) dos entrevistados disseram que seus colaboradores trabalharão entre um e quatro dias em home-office. E é exatamente aí que a facilidade da descentralização entra em ação.

A ideia que volta a se popularizar é a do modelo hub-and-spoke. Termo bastante utilizado pelo mercado da aviação e transporte, pois se denomina um sistema em que há o Hub (centro de conexão da empresa), e os Spokes (escritórios espalhados estrategicamente) nos subúrbios. Este formato vem se mostrando promissor no quesito resiliência. Segundo o diretor de subsegmento global de escritórios da Signify, Peter Duine, há requisitos específicos para os espaços de trabalho deste futuro próximo:

• Ambientes flexíveis, criativos e que se adaptam à realidade dos colaboradores, com os spokes perto de suas moradias;
• Felicidade e conforto para os trabalhadores;
• A utilização de tecnologias que favoreçam os requisitos anteriores.

 Estes requisitos  não se diferenciam do esperado de sempre pelos colaboradores. O novo espaço de trabalho de uma empresa tem que estimular a inovação, conexão e a criatividade de seus residentes. Pontos importantíssimos e sempre revistos pela equipe do Coworking São Paulo. 

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